Volta às aulas para professores pós-pandemia

Como será a volta às aulas para professores pós- pandemia? 

 


Vivíamos um período de incertezas quase que total em relação ao retorno das
aulas presenciais, até o momento em que foi homologado o
parecer 5/2020. 

O
Ministério da Educação
(MEC)  aprovou as diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE) e
autorizou aulas aos sábados, feriados, férias e turnos opostos.

Como será a Volta às aulas para professores pós-pandemia

Isso acabou se tornando uma preocupação para os professores que neste momento
já estão trabalhando remotamente quase que 16 horas por dia. 

 Sim, além dos poucos minutos de vídeo que os pais vêem em casa há uma rotina
exaustiva de pesquisa, gravações, edições, atendimento, etc 
 Tem sido uma jornada desgastante e cheia de dificuldades para dar conta de
chegar ao final do ano letivo com as tais 800 horas completas. 
 Oitocentas horas que entendemos como impossíveis de se cumprir visto as
circunstâncias em que se encontra nosso país neste momento. 
 Muitos clamavam por um cancelamento do ano letivo enquanto tantos outros ainda
viviam uma utopia de que no retorno seria tal qual sempre foi. 
 NÃO SERÁ! 
 Teremos muito stress pela frente, bem como medos, inseguranças e mais
exaustão.

Como será organizado o calendário e a volta às aulas para professores
pós-pandemia?

Os sistemas ( municipais. estaduais e particulares) ficaram responsáveis por
reorganizar seus calendários seguindo critérios próprios e considerando os
estudantes. 

Contudo, não importa como isso será feito, o fato é que  : 
O professor que neste momento não está no ensino remoto terá ( sem dúvida
nenhuma) uma rotina desgastante de trabalho. 
 Mas, aqueles que estão
ensinando remotamente
somarão prejuízos maiores! 
Sairão de suas “caixas” já quase que completamente exauridos para uma segunda
maratona de ensino ( agora presencial) repleto de incertezas e cobranças
maiores ainda. 
Tempos difíceis , principalmente quando colegas atacam uns aos outros
acreditando que – de fato- quem fala sobre como isso nos deixará esgotados é
preguiçoso e reclamão. 
Sabemos que é a realidade e que tempos de pandemia pedem medidas de
emergência. 
 Mas teremos um custo alto no final deste ano letivo com riscos grandes a
correr.
Dos dois certamente teremos um:
1- Um ensino de baixa qualidade perseguindo a todo custo fechar 800 h em um
período de tempo curtíssimo.
2- Sairemos adoecidos ao final de um processo doloroso que nos esgota física,
emocional e mentalmente. 
 Talvez os dois já sejam um realidade deste ano de 2020.
 Só a carga horária sendo espremida em sábados, feriados, férias e turnos
opostos serão suficientes para quase nos reduzir a pó.

Outras dificuldades da volta às aulas para professores pós-pandemia

Quando pensarmos em distanciar crianças, pedir que permaneçam de máscaras,
cuidar da higiene de cada um teremos dimensão das reais dificuldades. 

Some a isso uma escola que possivelmente estará superlotado por conta da
migração de crianças das redes particulares que incharão ainda mais o sistema
público. 
Enfim, esperamos que os sistemas comecem a pensar nos seus profissionais e nas
crianças no momento em que o calendário de 2020 for reorganizado. 
Esperamos também que os gestores públicos avaliem as infraestruturas, os
materiais , o número de alunos por professores e as condições de trabalho que
serão impostas.
Até lá ficamos com nossas incertezas e medos de um futuro que se mostra
massacrante para a classe.


Esperanças?

Restaria algum  se tivéssemos um histórico de luta que não fosse visto
até pela própria classe como perda de tempo.