Vamos de regras de convivência?
Muito se tem falado sobre como e por que dizer “NÃO” para as crianças, ou sobre por que não dizer “NÃO” para elas.
Há controvérsia nesta questão da negativa para com a criança .
Talvez o não precise ser utilizado como forma de equilíbrio e não como imposição do adulto para com a criança .
Em matéria no site da bebê abril ( 0 a 12 meses) li que :
“Segundo Suzy, no entanto, para criar pessoas equilibradas é preciso que os pais impeçam o filho de impor sempre sua vontade. “Quem não quer ter um ditador precisa dizer não. Crianças que nunca são contrariadas acabam se tornando adultos infelizes, irritadiços, agressivos, depressivos, já que o mundo não dá o mesmo sim incondicional dos pais”
E como educadores acredito que em alguns momentos o NÃO será extremamente necessário, não para desmotivar a criança, mas para ensiná-la o que é um comportamento adequado e o que não é.
Temos casos graves de indisciplina . Temos crianças com comportamento agressivo e violento desde a mais tenra idade .
Com certeza o NÃO é prejudicial em alguns casos e em algumas formas que é posto por muitos profissionais que negam à criança mesmo o direito de movimentar-se, de brincar, de ser criança.
Há profissionais com uma abordagem mecânica e de imposição, para estes é bom uma reflexão
a cerca do que é permitido.
Para os que usam de equilíbrio e consideram em primeiro lugar a criança e suas fases de desenvolvimento o “NÃO” é bem vindo e no momento da elaboração de regras as próprias crianças vão
indicá-lo…
Quando se diz à criança”este comportamento é inaceitável” está presente a negativa e mesmo o menor bebê aprende a compreender que existem regras a seguir e isso futuramente contribuirá para seu equilíbrio emocional.
Quando se diz que até certa idade a negativa deve ser colcoada no final da frase ou o pedido do pai e /ou educador deve ser claro, pois a criança não compreende o significado da palavra NÃO, muitos pais e educadores não compreendem e levam a questão de forma grosseira deixando a criança tornar-se birrenta e intolerante
A questão aqui não seria não negar e sim como negar.
Conduzir a criança ao equilíbrio passa por diversas fases e é preciso conhecê-las.
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REGRAS DE CONVIVÊNCIA
Abaixo transcrevi parte do artigo COMO DIZER NÃO do site Bebê.com.br que pode servir em alguns pontos para os professores realizarem adaptações.
Está chegando a hora de sentar com a turma e criar as regras de convivência da classe.
Toda leitura sobre bebês e fases de desenvolvimento é bem vinda. Vamos à ela?
O aprendizado em cada fase
Até 2 anos
Antes dessa idade, é muito difícil estabelecer uma disciplina, mas você pode e deve chamar a atenção do bebê sobre as coisas que ele deve ou não fazer. “Use um tom de voz firme e baixo para dizer ‘não’,
acompanhado de uma breve explicação, como ‘isto está quente’”, indica Jo Frost, em seu livro.
De 2 a 3 anos
A criança já entende o “não”, porém sua capacidade de reter informações é restrita. Por isso, você precisará reforçá-las. Nessa idade, já é possível aplicar as regras de disciplina, que explicaremos adiante.
De 3 a 5 anos
É a fase da teimosia porque os pequenos estão descobrindo o mundo e querem mexer em tudo. Para lidar com esse momento, você deve ter em mente duas coisas: não mude suas regras por causa do seu filho. Sempre que o pegar no pulo fazendo algo inadequado, corrija na hora. Não espere para conversar depois, pois ele não conseguirá associar a atitude errada à sua queixa.
Acima de 5 anos
Você precisará ter jogo de cintura porque a criança, já grandinha, passa a compreender perfeitamente as ordens dos pais e tende a testar seus limites, desobedecendo mesmo. O intuito é chamar sua atenção.
Aplique as regras de disciplina.
Tudo tem limite
E é preciso que você os defina desde cedo. A criança deve entender até onde pode ir.
Não pode mexer nas coisas…
O “não pode” deve existir desde a primeira infância, quando o bebê toca um objeto que outra pessoa segura, por exemplo. Aos poucos, ele associará atitudes erradas a mudanças no seu tom de voz e, naturalmente, passará a evitar comportamentos que provoquem essa alteração.
Basta dizer “não pode mexer” e afastar a mão da criança. “A ordem deve ser firme, mas não agressiva”, explica a psicóloga Maria Teresa Reginato, de Atibaia, no interior paulista. À medida que ela crescer, é
importante que você esclareça o motivo da bronca, empregando expressões como: porque queima, porque dói e porque quebra. “Ensinar em casa evita que seu filho reproduza os maus modos na casa dos outros”, avisa Cris.
Não pode morder, bater, empurrar, puxar o rabo do cachorro…
Toda criança passa pela fase de morder, empurrar e provocar os animais.
É necessário orientá-la também a respeito dessa conduta. “Abaixe-se, para ficar na mesma altura que a criança, coloque as mãos em seus ombros e olhe fixamente nos olhos enquanto fala ‘não pode, assim você machuca”, ensina Maria Teresa. Não adianta gritar de longe. A voz deve ser baixa, porém segura.
Reclamação na escola
A agenda da escola estampa uma bronca da professora?
Leia a queixa na frente da criança e pergunte o que aconteceu. Depois de entender o motivo que a levou a bater no coleguinha, por exemplo, discipline-a, explicando que essa reação não é adequada.
Regras de disciplina
Condicione-se a empregar, sempre, um tom de voz de autoridade e outro de aprovação. Se essa estratégia falhar, o jeito é apelar, definindo um cantinho para o castigo, onde o pequeno deverá refletir sobre o mau comportamento.
Voz da autoridade
Recorra a ela sempre que a criança fizer algo errado:
1. Aproxime-se e não grite do outro lado da sala. Seu tom de voz deve ser baixo e firme.
2. Abaixe-se à altura dela, para não intimidá-la.
3. Olhe nos olhos. Dessa maneira, ela não conseguirá lhe ignorar.
4. Não ranja os dentes nem faça ameaças.
5. Caso ela tente desviar o olhar, diga “olhe para mim”. Segure-a –sem machucar, obviamente – pelos braços para que ela não saia.
6. Deixe claro que você não está brincando.
7. Peça sempre “por favor” e explique da maneira mais clara possível que ela não pode repetir o erro. Por exemplo: “Bater nos outros é inaceitável. Não quero mais que você faça isso, por favor”.
Dicas:
– Não negocie. Fale e peça, sem gritar.
– Não faça promessas nem ofereça opções a uma criança pequena: “Você poderá comer o biscoito se comer o arroz com feijão”. Frases como essa só farão com que o pequeno tente negociar, provocando desgaste.
– Se a criança gritar com você, não responda com outro berro.
Voz da aprovação
Diante de um comportamento exemplar, o reconhecimento é igualmente importante:
1. Para elogiar, a voz deve ser alta, aguda e animada.
2. Vale bater palmas e até soltar gritinhos.
Castigo educa
“Esse método ensina a criança a refletir sobre o que havia sido combinado com os pais, interrompe o mau comportamento e induz o adequado. Acredito nele porque funciona”, ressalta Cris. Então, quando a
voz da autoridade não funcionar…
1. Mande-o para o cantinho da disciplina, sempre justificando a razão.
“Deixe-o lá por um tempo correspondente a um minuto por ano de idade”, aconselha Cris.
2. Caso ele saia, coloque-o lá novamente e esclareça novamente o motivo.
3. Após cumprir o castigo, oriente a criança a pedir desculpas.
4. Assim que ela se desculpar, dê beijos e abraços.
5. Esqueça o assunto e aja como se nada tivesse acontecido.
A técnica do envolvimento
As crianças querem atenção o tempo todo. Quando você não dá, elas tendem a aprontar. É aí que você pode lançar mão de um truque: a técnica do envolvimento, que nada mais é do que incluir seu filho nas suas atividades, como as tarefas domésticas. Elas são interessantes para os pequenos. Ajudar a dobrar um lençol e usar um miniespanador ou uma
minivassoura são maneiras de participarem e se sentirem úteis.
Pegue leve
Sabe quando você fala mil vezes para seu filho não mexer naquele vaso que fica em cima da mesa porque ele pode quebrar e não adianta? Se a peça finalmente espatifar, certamente ele começará a chorar e se mostrará arrependido.
Caso isso ocorra, não aplique nenhuma punição. Se a criança pedir desculpas sinceras, significa que já aprendeu a lição. A única coisa que você deve fazer é explicar por que isso aconteceu, lembrá-lo das regras e pronto. Sem broncas!
Persista, pois você vai conseguir!
Educar uma criança não é fácil, requer muita paciência, determinação e dedicação. Principalmente no período da primeira infância – de 0 a 7 anos – em que a personalidade se consolida É importante passar um tempo diário com seu filho. “Converse com ele, explique os motivos das proibições”, recomenda Maria Teresa. Por fim, o mais importante é ter paciência. “O segredo é tentar sempre evoluir nesse quesito, acompanhando o crescimento e o amadurecimento dos filhos, com dedicação e
amor, muito amor”, finaliza Cris.