Afetividade e Ludicidade
Há 2 fatores que contribuem para o desenvolvimento de atividades ricas de leitura , escrita e oralidade na Educação Infantil.
São eles:
Afetividade
Ludicidade
Afetividade
De acordo com Rubem Alves:
“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naquele cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais…” (ALVES, 2000 p.5)
Não queremos aqui mostrar uma visão romântica da afetividade, mas estender seu entendimento sobre ela, afinal é preciso pensá-la como algo necessário no espaço escolar tendo em vista que este é um espaço de relações, bem como compreender que
“A criança deseja e necessita ser amada, aceita, acolhida e ouvida para que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado.” (SALTINI, 2008, p.100)
Ao contrário do que muitos pensam a afetividade não é apenas um aspecto que a criança deva vivenciar na família.
Ela precisa se sentir querida em todos os espaços em que está inserida.
Precisa sentir que o professor a aprecia e se importa com ela, além disso a afetividade em sala de aula faz com que a criança se sinta mais segura , proporcionando a criação de um ambiente de trabalho mais tranquilo . (SILVA , 2001)
Ludicidade
Já a ludicidade é entendida como “uma forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, através de jogos, música e dança, etc.
O intuito é educar, ensinar, se divertindo e interagindo com os outros. O lúdico está em todas as atividades que despertam o prazer. “ (http://www.dicionarioinformal.com.br/ludicidade/)
É importante compreender que:
“Brincar desenvolve as habilidades da criança de forma natural, pois brincando aprende a socializar-se com outras crianças,desenvolve a motricidade, a mente, a criatividade, sem cobrança ou medo, mas sim com prazer” (Cunha 2001, p.14)
Muito se tem falado sobre o brincar na Educação Infantil e sua importância para o desenvolvimento de competências e habilidades em todas as áreas de ensino.
Com a leitura ,a escrita e a oralidade não é diferente, afinal é sim possível aprender de forma divertida
A ludicidade deve estar presente no espaço escolar em todo tempo, seja em jogos, brincadeiras ou numa “simples’ roda conversa.
A ludicidade deve estar presente no espaço escolar em todo tempo, seja em jogos, brincadeiras ou numa “simples’ roda conversa.
Para FROEBEL (1912):
A brincadeira é uma atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um todo da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o mundo… A criança que brinca sempre, com determinação auto-ativa, perseverança, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de auto-sacrifícios para a promoção do seu bem e de outros… Como sempre indicamos o brincar em qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de profunda significação (Froebel, 1912c), ).55).
Podemos então dizer que brincar deve ser levado a sério, feito de modo planejado e visando o desenvolvimento da criança como um todo.
É indispensável que o professor crie momentos lúdicos com materiais diversos, visando que seja possibilitado à criança um brincar repleto de significados.
Mas, quando as atividades lúdicas ganham significado?
Para PIAGET (1973):
“os jogos e as atividades lúdicas se tornarão significativas à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstituir, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa.
Essa adaptação só é possível, a partir do momento em que em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem escrita que é o abstrato. “
Deste modo, é preciso em todo tempo observar os interesses das crianças e , a partir deles, planejar jogos, brincadeiras e atividades lúdicas que possam ser envolventes, prazerosas e promotoras de aprendizagem.
Na aula de hoje apontamos dois fatores indispensáveis para a promoção de atividades enriquecedoras e significativas para o trabalho com as crianças.
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Leia os textos complementares e aprofunde seus estudos.
Até a próxima aula!
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo, 1997.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil.Brasília: MEC/SEF, 1998, v. 3.
CHAER, Mirella Ribeiro; GUIMARÃES, Edite da Glória Amorim. A importância da oralidade: educação infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental.Pergaminho, (3): p. 71- 88, nov. 2012.
CUNHA, Nylse Helena da Silva. Brinquedo, desafio e descoberta para utilização e confecção de brinquedos. Rio de Janeiro: Fae, 1988.
FROEBEL, Friedrich. The education of man. Trad. Hailmann, W.N. Nova York:�D. Appleton, 1912c, 1887.
PIAGET , J. A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil.Brasília: MEC/SEF, 1998, v. 3.
CHAER, Mirella Ribeiro; GUIMARÃES, Edite da Glória Amorim. A importância da oralidade: educação infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental.Pergaminho, (3): p. 71- 88, nov. 2012.
CUNHA, Nylse Helena da Silva. Brinquedo, desafio e descoberta para utilização e confecção de brinquedos. Rio de Janeiro: Fae, 1988.
FROEBEL, Friedrich. The education of man. Trad. Hailmann, W.N. Nova York:�D. Appleton, 1912c, 1887.
PIAGET , J. A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.