O Termo “VASP” (vagabundos anônimos sustentado pelos pais) está tão comum no Facebook que virou opção de marcação profissional. Isso demonstra a fragilidade da educação doméstica no Brasil. A educação doméstica é responsável por 50% ou mais do sucesso da educação Brasileira. Um dos fatores que mais dificulta a o desenvolvimento escolar é a falta de educação doméstica. Acaba sobrando para escola e para os professores, o dever de dar educação de valores, dever este que cabe aos pais, com pouca ou nenhuma participação da escola. A coisa vai tão mal, que já se tramita a possibilidade da volta de matéria já extinta. Planeja se ter “Ética” como matéria obrigatória. “Será mais um remendo novo em pano velho”. O que a sociedade precisa urgentemente debater, é sobre educação doméstica. Não é suficiente a escola tratar de Ética, se a família não o fizer. É a escola construindo, e família destruindo. Precisamos quebrar este ciclo, ainda que para isso, tenhamos que impregnar o esforço sobre humano
“A disciplina impede o homem de desviar-se do seu destino, da humanidade” KANT.
Pensar a educação doméstica a partir de Immanuel Kant é colocar a questão da disciplina como princípio fundamental de todo o processo de educação. Kant nos indica que a primeira educação, aquela ministrada pelos pais no seio da família, deve já se ocupar da disciplina. No primeiro momento, a disciplina expõe uma educação puramente negativa. Negativa não no sentido do senso comum atual, onde disciplina é vista como algo ruim, meramente opressora e coercitiva. Embora mereça o título de ‘parte negativa da educação’ (a parte positiva é a instrução), a disciplina é fundamental e necessária no processo de formação da criança. Por meio da disciplina os pais garantem a sobrevivência dos filhos, pois impedem que esses prejudiquem a si mesmos. O caráter negativo da disciplina se deve ao fato de ela limitar o uso de todas as forças com que a natureza dota a criança.