Muitos Professores costumam dizer que não estão preparados para receber uma criança autista, e realmente não estão, como nenhum pai ou mãe estava preparado, mas a grande verdade é que se não amarmos o suficiente para buscarmos alternativas de ensino que nos faça conseguir lidar melhor com as situações que a vida nos reserva e que sobretudo nos torna pais e profissionais melhores melhor seria nem viver.
Hoje muitos sentem-se na obrigação de aceitar a inclusão, mas interiormente estão fechados para isso pq consideram-se pessoas normais e assim sendo consideram-se pessoas mais dignas, mais importantes, mais especiais.
Acolher um aluno portador de necessidades especiais em nossa sala de aula não é apenas um cumprimento de lei, pois se assim for melhor seria que não fossem aceitos , assim os pouparia da vergonha de ter como mestre alguém que os exclui sob pretexto de não estar preparado para acolhê-lo … E se porventura em seu ventre estivesse sendo gerado um autista … Seu argumento seria o mesmo?
Um irmão, um sobrinho, um filho … AUTISTA…
É apenas uma chamada à reflexão…
É preciso pensar nossa prática e olhar para inclusão de outra forma.
Education ofAutistic and Related Communication Handicapped Children),
que em português significa Tratamento e Educação para Autistas e
Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação, é um programa
educacional e clínico com uma prática predominantemente psicopedagógica
criado a partir de um projeto de pesquisa que buscou observar
profundamente os comportamentos das crianças autistas em diferentes
situações e frente a diferentes estímulos.
1972 na Universidade da Carolina do Norte, EUA, pelo Dr. Eric Schopler
et al. do departamento de psiquiatria dessa Universidade. As pesquisas
do Dr. Schopler apontam algumas conclusões relativas às crianças
autistas .
vítima de uma síndrome, e muitos dos seus distúrbios de comportamento
podem ser modificados à medida que ele consegue expressar-se e entender o
que se espera dele. Outro dado importante é que as crianças autistas
situações dirigidas que às livres e também respondem mais
consistentemente aos estímulos visuais que aos estímulos auditivos.(‘) 0
método Teacch fundamenta-se em pressupostos da teoria comportrtamentol e
da psicolingüística. Vamos esclarecer alguns pontos fundamentais da
terapia Comportamental para a compreensão do modelo Teacch? Além de
indicar, especificare definir operacional mente os comportamentos-alvo a
serem trabalhados, o terapeuta do programa Teacch tem a possibilidade
de desenvolver categorias de repertórios que permitem avaliar de maneira
qualitativa aspectos da interação e organização do comportamento, bem
como o curso do desenvolvimento individual em seus diferentes níveis . É
imprescindível que o terapeuta manipule o ambiente do autista de
maneira
psicolingüística, a prática Teacch fundamenta-se nessa teoria a partir
da afirmação de que a imagem visual é geradora de comunicação. A
linguagem, inicialmente não-verbal, sendo um sistema simbólico complexo,
baseia-se na interiorização das experiências. Ao mesmo tempo que a
linguagem não-verbal vai dando significados às ações e aos objetos, vai
também consolidando a linguagem interior. 0 corpo vai incorporando
significados através da “ação no mundo” enquanto desenvolve de
maneiraprogressiva a comunicação – que pode ser oral, gestual, escrita
etc. A linguagem, portanto, é o resultado da transformação da informação
sensorial e motora em símbolos integrados significativamente. Na
terapêutica psicopedagógica do método Teacch trabalha-se
concomitantemente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados
estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos
movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra,
movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma
comunicação alternativa .Por meio de cartões com fotos, desenhos,
símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em seqüência (p . ex .,
potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que
na escola . Os sistemas de trabalho são programados individualmente e
ensinados um a um pelo terapeuta . Quando a criança apresenta plena
desenvoltura na realização de uma atividade (conduta adquirida), esta
passa a fazer parte da rotina de forma sistemática
A prática da metodologia Teacch foi conhecida por meio de observações do
trabalho realizado em uma instituição educacional brasileira e de
entrevistas com os profissionais envolvidos nesse trabalho . A
instituição atende pessoas carentes e é mantida por doações. Possui duas
sedes, onde são atendidos por volta de SO crianças e jovens, sendo 12
residentes. Foi elaborado um programa pedagógico que segue os preceitos
da pré-escola e do início do curso fundamental . Há também programas
pré-profissionalizantes e de atividades devida diária que complementam o
trabalho em sala de aula. A classe é, geralmente, composta por quatro
alunos; há um professor e um assistente. Enquanto o professor ensina uma
tarefa nova a um aluno, os outros trabalham sozinhos sob a supervisão
do assistente. Estes profissionais não têm obrigatoriamente um curso
superior ou especialização na área ; são treinados, num curso
teórico-prático na própria escola. 0 professor ensina uma tarefa
conduzindo as mãos do aluno e sempre utilizando os cartões como apoio
visual . Aos poucos, direciona cada vez menos até que a criança consiga
realizar a atividade sem ajuda, apenas sendo guiada pelos cartões. Além
deste trabalho educacional, os profissionais com formação superior em
musicoterapia, educação física e fonoaudiologia, vem desenvolvendo
outros programas que são conjugados à rotina diária dos autistas. 0
trabalho fonoaudiológico compreende diferentes abordagens, escolhidas a
partir da avaliação feita pela fonoaudióloga de cada criança . Além
disso, a fonoaudióloga também avalia motricidade oral . A”aula de fono”,
como
individualizada e abrange os aspectos linguagem e motricidade oral . 0
trabalho educacional do Teacch enfatiza mais a comunicação receptiva.
Apesar de os princípios metodológicos do Teacch incluírem, além dos
estímulos visuais, os estímulos corporais e audiocinestésicos para
desenvolver comunicação, a fonoaudióloga declarou, em entrevista, que
não utiliza aprendizado de linguagem de sinais porque acredita que o
problema do autista não seja o mutismo ; o que ocorre é que ele não
processa a informação via comunicação gestual (mesmo ela sendo de
caráter visual), pois não consegue simbolizar. Isto é, o autista não tem
capacidade cognitiva para entender o significado dos gestos, que são
simbólicos e não representativos fiéis das palavras. As “aulas de fono”
têm caráter diretivo, a verbalização é usada para dirigir e reforçar
atividades e a postura da fonoaudióloga é formal e séria .