As obras de Cândido Portinari, artista plástico brasileiro com acervo estimado em quase 5 mil obras, é além de riquíssimo , convidativo para trabalhos gratificantes em turmas de Educação
Infantil e Fundamental I.
Nas sugestões abaixo exploramos parte dos escritos O Menino e o Povoado e sugerimos desenho após apreciação e contagem e registro dos elementos da obra de 1932.
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O Menino e o Povoado [Sentia-me feliz quando chegava um circo]
Sentia-me feliz quando chegava um circo.
Vinha de terras estranhas.
Todo o meu pensamento se ocupava dele.
O palhaço, montando um burro velho, fazia
Reclame com a meninada acompanhando.
Eu assistia ao espetáculo e apaixonava-me pelas
Acrobatas de dez a quinze anos. Fazia
Planos para fugir com elas. Nunca lhes falei.
Por elas tudo em mim palpitava.
Minha fantasia.
Voltando à vida real, entristecia-me. Não era eu
Um príncipe? Nada disso. Roupas baratas,
Pobreza… Até as flores lá de casa pareciam
Murchas e sem perfume. Só nos achávamos
Bem rondando o circo. Quando partia para outra
Localidade, eu sentia tanta tristeza, chegava ao desespero,
Chorava silenciosamente; desolado ia ver o trem
Passar na direção onde estavam as acrobatas.
Talvez pensassem em mim
O trem seria meu emissário.
Nos encontraríamos mais
Tarde… O tempo deixava pequena lembrança
Até a chegada de outro circo…
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As telas de Cândido são muito ricas e muitas delas repletas de elementos infantis com brinquedos e brincadeiras sempre retratadas com uma bela se magia singular.
Como vêem seria bem interessante iniciar um Projeto para trabalhar com as obras de Portinari.
Na semana da criança eu acredito que seria muito apropriado. Que tal?
Eu iniciaria o Projeto Cândido Portinari chamado a atenção para seu talento demonstrado logo na infância.
As crianças ficariam encantadas em saber que apenas aos 9 anos de idade Portinari auxiliou um grupo pintores e escultores italianos na decoração da igreja matriz de Brodósqui, interior de São Paulo , cidade onde nasceu.
Portinari pintou as estrelas do teto da igreja demonstrando desde cedo sua grande capacidade artística.
Em ocasião de sua morte em Fevereiro de , dedicando-lhe o poema, A mão, o poeta Carlos Drumond de Andrade lembra este fato.
Entre o cafezal e o sonho
o garoto pinta uma estrela dourada
na parede da capela,
e nada mais resiste à mão pintora.
A mão cresce e pinta
o que não é para ser pintado mas sofrido.
O poema tem prosseguimento e lá adiante Drumond fecha com os seguintes versos:
a mão infinita
a mão-de-olhos-azuis de Candido Portinari.
Faríamos juntos belas estrelas douradas a serem fixadas no teto ou estrelas coloridas com diversas texturas.
E, mais adiante faria a apreciação de telas que retratassem o universo infantil.
Veja Também:
- Atividade Releitura de Obra Palhacinhos na Gangorra de Cândido Portinari
- Despojos de Tiradentes Obra de Arte de Cândido Portinari
- Obras de Arte com personagens da Turma da Mônica
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