Me peguei essa tarde lendo a importância do ato de ler de Paulo Freire.Uma frase parece ter pulado do papel e ter vindo confabular comigo a cerca da importância desse ato que me acompanha desde os 4 anos de idade, isso em falando de leitura de palavra e não de mundo, pois essa felizmente nasce conosco.
“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele”
Cheguei mesmo a emocionar-me ao fazer essa gostosa leitura e me deparar com tão maravilhosa citação de um dos mais renomados educadores que esse país conheceu e que gostosamente nos ensinava a fórmula mágica de educar, que certamente é a fórmula para se alcançar sucesso em tudo na vida.
” Não se pode falar de educação sem amor “ dizia ele e reafirmam os professores que hoje empregam seu tempo, mesmo que com salários indignos à educar aqueles que farão desse país um lugar melhor.
Mas me detenho pouco na gostosa citação amorosa de Freire e retomo a linha inicial de raciocínio que a princípio havia iniciado.
A leitura de mundo precede a leitura da palavra … Que coisa maravilhosa saber que todo e qualquer indivíduo sabe ler ainda que não saiba decodificar .
Todo e qualquer indivíduo lê!
Somos professores, decodificamos , lemos bem, mas realmente compreendemos aquilo que lemos? Como anda nossa leitura de mundo? De que forma temos dado prosseguimento à ela? Temos dado a devida importância ao ato de ler?
Esse ato é tão maravilhoso que nos faz evoluir, crescer, ampliar nossos horizontes, aplicar nosso conhecimento na vida e nossa vida na escrita de nosso mundo previamente lido.
Muitos entram em parafuso ao se deparar com certos escritos de nossa área de atuação. Palavras aparentemente incompreensívas; e certo é que nossa classe tem certa mania de enfeitar o texto com palavras lindas e complicadas mesmo sabendo que falando ao grupo nua e cruamente o resultado da prática seria melhor.Contudo como se daria a aquisição de um vocabulário amplo e de uma busca em torno do novo se falassemos apenas o popular ao pé da letra?
Se isso acontecesse seria então o fim de outro ensinamento de Freire.
Deixemos, então que ele fale
“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”
Precisamos aguçar nossos ouvidos às palavras, expressões e novas frases para que com essa curiosidade afinada venhamos a desenvolver nossa prática de forma eficaz e entusiasmada.
Por que reclamar das novas metodologias se são elas mesmas que nos insere nessa busca sem fim que melhora nossa prática pedagógica, nosso saber e por que não dizer nossa vida?
Como você enquanto educador tem feito essa leitura de mundo que não pode de forma alguma ser deixada em um plano secundário?
Enxergas o mundo como um idoso birrento que sabe que por conta de suas escolhas e por aproximar-se o fim de sua vida pouco irá construir, ou como uma criança alegre colocando os alicerces e estruturando o hoje para que amanhã tenha uma moradia segura?
A leitura da palavra é de suma importância e com ela a leitura magnífica do mundo.
Não quero aqui dizer-lhes pra enxergar o mundo como um conto de fadas e a escola como um lar encantado ou uma Terra do Nunca, mas pra lê-lo tal qual é cheio de desafios, objetivos e metas a serem traçadas e alcançadas ou reestruturadas conforme o tempo e o ambiente de cada cidade, estado ou país.
Nessa noite experimente fazer esse exercício.
Escolha um tema pessoal como:
Amor, familia, negócios, amizades, conquistas, trabalho.
Analise seu mundo e escreva sobre ele.
Após a escrita leia e observe como você tem se portado diante da vida e como te pintas.
Raras são as vezes que nos pintamos tal qual somos… Somos bons demais à nossos próprios olhos.
Faça hoje a escrita de seu mundo e leia o seu mundo através da escrita.
Se permita uma nova forma de ver, de enxergar a letra, de compreender a palavra escrita isso tudo sem deixar de notar que o ato de ler além de importante é essencial à nossas vidas
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