Todo planejamento, para ser viável, deve ter como base o conhecimento a respeito de a quem vamos dirigir nossa ação educativa. Deve também ser precedido de uma reflexão sobre o papel do educador.
O planejamento deve ser entendido como hipótese, um parâmetro flexível em busca de resultados eficazes; portanto, ele deve ser proposto, e não imposto, propiciando a preparação para, na sequência, converter-se na realização de boas práticas em sala de aula.
O primeiro passo para o planejamento bem-sucedido é conhecer as crianças, suas potencialidades e suas limitações, bem como a realidade em que vivem e seus conhecimentos prévios, pois somente quando elas se sentem confiantes e integradas é que têm condições de participar ativa e proveitosamente das atividades propostas pelo educador e pela escola.
Preparar cada aula, organizar o material didático, levantar diferentes recursos para ensinar um conteúdo e cuidar da ambientação da sala – sem abrir mão da formação continuada. São muitas as atividades que constroem o dia-adia do professor. Orquestrar todas com maestria é a chave para atingir os objetivos. Lúcia Ferreira é professora do 2º ano na EM Chico Mendes, em Porto Alegre, e diz que a rotina é fundamental para garantir o bom andamento das atividades (leia no quadro abaixo um relato da professora sobre o papel da rotina em seu trabalho). “Essa preparação é essencial para que a aula transcorra conforme o esperado”, diz Valéria Roque, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e do Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH). Confira a seguir algumas das práticas mais eficazes para criar uma rotina que ajude a melhorar o desempenho da turma.
“Contar aos alunos o que será feito ao longo do dia é importante por dois motivos. Em primeiro lugar, porque eles ficam mais confortáveis, sem aquela euforia de ‘o que será que vem agora?’. Depois, porque faz com que saiam da postura passiva de quem está sempre aguardando um comando”, explica Karen Elizabete Nodari, coordenadora do núcleo de Orientação e Psicologia Educacional do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Cada conteúdo exige um tipo de atividade (leia mais nesta reportagem). Enquanto os alunos produzem textos ou resolvem problemas, uma boa dica é circular pela sala, acompanhando a produção de cada um. “Se você decide passar um filme, por exemplo, é essencial preparar um pequeno roteiro para a turma, com pontos a ser observados”, diz Valéria Roque.
Nem tudo sai conforme o previsto, certo? Portanto, ter na manga algumas tarefas capazes de envolver a turma é sempre bom. No dia-a-dia, isso vale também para aqueles alunos que sempre terminam tudo antes dos outros – mas não podem ser deixados de lado.
Encerrar o dia informando o que será realizado no dia seguinte é uma ótima estratégia porque gera uma expectativa positiva e permite que os alunos se preparem melhor ao compreender que há continuidade no processo educativo.
Baixe o modelo de Planejamento Semanal neste link.
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